A Nebula é estúdio digital de animação 2D e 3D, onde são produzidas personagens e universos em ambiente digital. Os principais destinatários são os publicitários. Quando iniciaram o projeto tinham os computadores que trouxeram da universidade, e muita vontade. Pouco mais.
Hoje fazem esculturas em 3D (com elementos que são propriedade dos clientes). No digital é difícil distinguir o que é, ou não propriedade industrial. A criatividade revelou-se um dos fatores essenciais, embora nalguns casos possa existir algum guião elaborado pela agência, restando lhes conceber uma personalidade, ou um ambiente digital. A materialidade é criada na Nebula, apesar da ideia poder ser originária na agência, mas são eles que a concretizam. Dão-lhes vida.
Os processos de trabalho têm-se mantido nos últimos 6 a 7 anos, não tendo existido grandes ruturas tecnológicas, com exceção na capacidade de armazenamento e de processamento dos computadores. Isto obriga a investimentos contínuos, dado as capacidades de processamento, e a exigência na qualidade manifesta de cada anúncio. Cada anuncio tem de ser cada vez mais realista e disruptivo. Existe alguma necessidade de I&D, pois torna-se necessário recombinar técnicas para alcançar resultados que nunca ninguém pediu. Cada projeto exige sempre algo de novo. As parcerias especializadas podem ser necessárias nalgumas circunstâncias (um especialista em bolhas de água, pelos de cão…).
Nos contactos com os clientes procuram manter os canais abertos, informando-os sobre o que estão a fazer regularmente. Assim se precisarem dalgo parecido nós sabemos fazer. Esta comunicação é feita através de mail, telefone, ou remetem-nos para a página Vimeo da internet. Não há publicidade convencional – mas vão a festivais, encontros ou entregas de prémios.
Em termos de gestão acompanhamos os resultados trimestrais de modo a avaliar a sua conformidade com o que foi estabelecido no início do ano. Para além disso acompanhamos semanalmente o desenvolvimento de cada projeto, logo o desempenho de cada colaborador, e de cada área de negócio. Os objetivos são claros por processo e por projeto, exigindo somente um controlo final. A flexibilidade das equipas é enorme. Não podem ser rígidos.
Não existem alianças nem com clientes, nem com concorrentes, só em casos muito especiais, quando é necessário alguma complementaridade.
Abrimos ainda outras áreas de negócio, em vídeo institucional, captura de eventos e vídeos virais. A internacionalização ocorreu fruto de estarem presentes nalguns diretórios (a fatura nº 1 da empresa foi dos USA), e em listas de produtoras internacionais. Nos USA tem funcionado o boca-aboca entre os clientes. Também já estiveram em Macau e Moçambique. Reconhecemos que os clientes nos têm procurado. A exceção foi Moçambique onde estiveram diretamente a analisar o mercado. Vivem um misto de atitude, sendo que temos de olhar lá para fora com mais força é a convicção do seu principal responsável.
A empresa tem em carteira cerca de 40-45 clientes e tem conseguido duplicar o volume de negócio a cada ano.
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