STORYTELLING - HISTÓRIAS DE INOVAÇÃO

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Frio90 - Ideias e Oportunidades

Ideia. A empresa inicia-se na década de 90, trabalhando no sector do frio industrial. A partir de dada altura precisou de se transformar numa empresa com maiores capacidade de oferta, para assim poder concorrer e efetuar obras de maiores dimensões.

A oportunidade é identificada, vista na região de Castelo Branco existirem várias indústrias da área dos enchidos, queijo e frutas, e a oferta existente de serviços para esta área ser reduzida. Perceberam também, que as grandes obras eram feitas por empresas do litoral, enquanto as empresas locais ficavam com as pequenas obras e as manutenções.

Clientes. O negócio foi pensado para ser dirigido a pequenos agricultores, a produtores de queijo industrial (80-90%) e, a agricultores tradicionais de enchidos ou de frutas.

Produto/Serviço. Os serviços prestados, consistem na instalação, montagem e assistência aos equipamentos frigoríficos. O desenvolvimento de projectos chave-na-mão, é outra possibilidade que a empresa consegue oferecer. Para disponibilizar este serviço foi necessário constituir parcerias com outras empresas que permitissem assegurar serviços em áreas especializadas.

Diferenciadores. A proximidade com o cliente, e ser capaz de interpretar, desenvolver a ideia do cliente duma forma profissional, concretizando-a da forma mais eficiente e inovadora, são os principais aspetos distintivos em que apostaram. Este sector é constituído por poucas empresas dalguma dimensão, sendo o passa-palavra um fator determinante. Quando um cliente fica satisfeito, recomenda a outro. Não possuem equipa de vendas. Têm apenas um site onde se encontram apresentados alguns serviços.

O relacionamento com o cliente é determinante. Tem de ser regular, pois é necessário uma transferência de informação continua entre o cliente e a empresa. É nesta fase que se recorre a terceiros quando existem tarefas mais técnicas e complexas. Não são exigíveis grandes instalações físicas, obrigando antes a ser detentor de diferentes tipos de equipamentos (viaturas, sistemas de elevação, ferramentas …) para a concretização do serviço. Até ao momento não foi implementado nenhum sistema de informação de gestão, dado a programação ser possível com os atuais meios da empresa.

Parcerias. Existem parcerias com 2 empresas de serralharia (ferro e alumínios), e com empresas estrangeiras que fabricam equipamentos específicos para o sector dos queijos. A ligação com o Inovcluster tornou-se um elo fundamental para aceder à indústria alimentar.

As vendas nos últimos anos situaram-se sempre acima do meio milhão de euros.



FoodInTech - Ideias e Oportunidades



Empresa que desenvolve software para a indústria Alimentar, sob o conceito inovador de "Paper Free Industrie".

Ecoemotion - Ideias e Oportunidades

As boas práticas ambientais e sociais estiveram na base da estratégia do negócio. A ecoemotion procurou desenvolver a sua actividade, substituindo matérias-primas convencionais por matérias-primas menos agressivas para com o meio ambiente.

Ideia. Desde o inicio havia o propósito de criar uma empresa que tivesse uma componente ambiental muito forte. A promoção dos valores da sustentabilidade foi a visão. Duma forma simples, trata-se de criar e vender produtos ecológicos. Todo o conceito de negócio ronda em torno das questões sociais e ambientais,e todos os materiais e mão-de-obra serem de origem nacional.

Clientes. Quando iniciaram, tinham identificado um grupo de possíveis clientes. Como identificaram esses clientes? Se o conceito era de sustentabilidade, pesquisaram quais as empresas em Portugal que tinham relatório de sustentabilidade, e, também pela forma de comunicar pretendem passar os conceitos ambientais e sociais. Identificaram uma lista, e foi com essas empresas que se iniciaram.

Produtos. Os produtos tinham de ser sustentáveis e ecológicos. Criaram, o Ecodesign,o Ecoprint e o Ecoproduto. A primeira peça que lhes deu mais projecção foi um saco de papel. O conceito era diferenciador devido ás questões ambientais. O saco era 100% reciclado, ( que as empresas fazem questão de comunicar). Este papel é português, e não levava nem plastificação nem verniz. Com os produtos Ecoemotion está a comprar o ciclo total de vida. Sem custo de reciclagem.

Foram a 1ª empresa a distribuir uma linha ecológica da BIC ( esferográficas e lápis), feitas de plásticos e outros produtos sustentáveis. A variedade de modelos, resultou do contacto com os clientes. Nasceram assim as suas marcas. Brindes Vivos tem como matriz, e elementos comuns, as sementes de árvores autotenes da floresta portuguesa. Remetendo a uma identidade, para as questões da floresta. A marca Cork Solution, é outra marca, cujas peças são baseadas na cortiça, aonde se juntaram o papel 100% reciclável , as colas á base de água e as tintas sem solventes. Com base nas novas tecnologias , conseguiram também a personalização de cada peça ( fizeram um trabalho com 8000 peças e 8000 nomes). A concepção é toda desenvolvida na empresa, conjuntamente com uma agência de marketing (site e newsletter).

Em simultâneo, passaram o know-how da cortiça para um outro parceiro (gráfica). Fizeram testes para o acabamento e, trabalham com esse parceiro em estreita ligação desde 2009. Esta parceria faculta uma grande flexibilidade em termos de qualidade e da rapidez de resposta aos clientes. Toda a matéria-prima é oriunda do Grupo Amorim.

Diferenciadores. A empresa fundamentou-se muito na questão da sustentabilidade. As peças têm de ser de matéria-prima seleccionada. O conceito social também é muito importante, nomeadamente nas empresas multinacionais. A própria peça pode ter inscrito a marca Ecoemotion, o que nalguns casos é valorizado. Em Portugal encadernam e imprimem exclusivamente as peças com esta tecnologia ecológica. Uma das consequências, desta opção são os custos e os preços destas peças. Estas peças são completamente diferentes em preços,do que se fossem produzidos em grandes quantidades.A diferenciação ecológica é o elemento critico para a sustentabilidade num nicho especifico de mercado.

Clientes. As grandes empresas são o target principal. Contudo este mercado é limitado. Quem faz uma agenda em cortiça num ano, no ano seguinte não repete ( excepção ao Grupo Amorim). Iniciaram-se as vendas online, e as vendas em lojas nacionais ligadas ao turismo ( 20 até ao final de 2012). A experiência exportadora foi já trilhada, com um distribuidor na Polónia, e principiou-se a actividade na Espanha e Eslovénia. Iniciaram-se já contactos igualmente com o Japão. O relacionamento com clientes exige uma análise cuidada do cliente ( sugestão ou proposta), que deverá resultar no final, no desenvolvimento de peças e modelos especificas.

Os Recursos Humanos são diminutos ( 2 pessoas) contudo, existem parcerias com outras entidades, para comunicação, para impressão (gráfica) interiores (gráfica),e para a encadernação e a distribuição/entrega.

O contacto com o cliente trata-se da área mais relevante para a empresa.Segundo o principal responsável da empresa “è esta área que os vai ajudar a crescer, e que conjuntamente com o cumprimento dos prazos é igualmente fundamental”. Serão estes os factores que a Ecoemotion entende como críticos para um sucesso futuro.



Directo da Terra - Ideias e Oportunidades



Empresa de produção de azeite, inovadora, que desenvolveu para o seu portefólio de produtos um azeite varietal de alta qualidade, o quinta de S. Miguel.

terça-feira, 25 de junho de 2013

CoWork - Ideias e Oportunidades

O espaço do Cowork Lisboa, dispõe, para além de uma zona lounge, de uma pequena sala de reuniões, que também pode ser utilizada para momentos em que um destes profissionais sinta necessidade de algum isolamento ou privacidade (por exemplo para pedir a namorada em casamento ou chorar baba e ranho pela situação atual do Sporting).
In:2012.lisboa.wordcamp.org/sponsor/cowork-lisboa.

A ideia de criação deste espaço surgiu porque o Fernando estava farto de trabalhar em casa … estava a gastar exageradamente a alcatifa entre a sala, e o frigorífico! A Ana é o segundo sócio da Cowork, sendo casada com o Fernando á 20 anos. A Ana faz o Fernando desfaz, é assim esta saudável convivência. E dura, dura, dura.

Fernando, fartou-se de não ver pessoas. Como designer que é, o Fernando tinha necessidade de socializar e trocar ideias com outros. A busca dum local para socializar concentrou as energias e as leituras do Fernando. Procurou e pesquisou aquilo que já existia no mundo. Foram 2-3 meses de imersão total. A Beta House de Berlim, foi uma referência. Até porque os seus proprietários estudaram em Portugal. Fernando arranca para esta aventura do empreendedorismo, aos 40 anos. Apesar, de terem existido várias hipóteses ao longo da sua vida, elas nunca se tinham concretizado. No início tivemos vários “Velhos do Restelo” dizendo que a ideia nunca teria sucesso. Diziam que só duraria 1 a 2 meses… mas funcionou. O conceito de “Coworking é partilhar um espaço de trabalho com profissionais independentes e micro-empresas. Em comum, partilham o facto de estarem fartos de trabalhar em casa ou em escritórios tradicionais.”

Clientes. Tiveram muitas surpresas, porque esperava-se que a maioria fosse utilizada, por gente de: design, arquitetos, programadores, tecnologias. O tempo encarregou-se de provar que estavam errados. Todos os tipos de profissionais utilizam o espaço, mesmo as profissões menos convencionais – estudantes, advogados, enfermeiras, cientistas… . È um espaço cheio de diversidade. Mas de facto o negócio iniciou-se no facebook com o lançamento duma pergunta: conhecem este conceito de trabalho? Imaginam-se a trabalhar num espaço destes? E onde gostavam que se situasse?

A LxFactory foi o espaço escolhido. Agora parte das mesas já são de estrangeiros. Há um limite ao efeito de escala, entre 12 (mínimo) a 40 (máximo). Este espaço é dificilmente expansível ou replicável. É o reflexo dos seus proprietários. Nunca pode ser igual, mesmo que replicado.

A oferta da Coworklisboa, começou por ser baseado nas mesas não fixas (39€/semana), mas após o primeiro ano, no atual contexto., esta solução aumentou em termos da procura. Enquanto as soluções fixas (147,70€/mês),e o formato de estúdio (2-4 pessoas) com formato de “open space” sem portas, foram oferecidas adicionalmente, para quem pretendesse outras finalidades.

Os fatores mais valorizados pelos utilizadores, é a socialização conseguida. O modelo é muito informal, não tem de permanecer 3 a 6 meses obrigatoriamente, ou ter de pagar rendas adiantadas. Não à surpresas ao fim do mês. Para além do espaço de trabalho, a Coworklisboa integra ainda um outro espaço de cafetaria, fornece acesso a sala de reuniões, promove formação, eventos gratuitos, e concede telefone e acesso gratuito á internet.Com os clientes todos dentro deste espaço, gerir esta comunidade foi um trabalho desde o início. A taxa de ocupação ronda sempre entre os 75-80%. A rotação é considerável e agora (Verão-12) esta taxa que normalmente baixa, não está a acontecer. O marketing não foi preciso. Ser em Lisboa, e na zona em que é, ajuda imenso. A imprensa está cá quase todas as semanas.

Parcerias. A Zon é o grande parceiro. Neste contexto Fernando não pretende sair de Lisboa.



ColorAdd - Ideias e Oportunidades

Foi em termos académicos que tudo começou. Nada existia sobre o daltonismo. Existem 350 milhões de pessoas que são daltónicos no mundo. A colorADD criou uma ferramenta para integrar essas pessoas na sociedade. Procurou daltónicos em vários países para não ficar condicionado por fatores culturais. 90% dos daltónicos têm dificuldade em se integrarem socialmente – existem constrangimentos, vergonhas e traumas.

Daí, a ferramenta ter de ser inclusiva. O seu desenvolvimento obrigava a que fosse fácil, positiva, simples de aprender e que fosse transversal. Teriam de ser símbolos com as cores primárias. Foram 8 anos de investigação validada por daltónicos. Protegeu-se o projeto a todos os níveis. Durante 2 anos procurou-se a validação junto da comunidade científica. Submeteram-se vários artigos a congressos internacionais. Ganharam vários prémios de inovação e design inclusivo. Os media ajudaram na divulgação – todos os dias saíam noticias sobre o projeto em termos mundiais.

Reuniu-se assim, também gente capaz e competente para a gestão do projeto. Criou-se uma sociedade que promove o projeto, olhando sempre para ele não numa optica de custo, mas como algo inovador e diferenciador. O licenciamento ocorre em todas as áreas, menos na educação. Neste seguimento foi criado em Setembro (2012) uma ONG para esta área – ColorADD Social. Esta levará a ideia ás escolas – manuais escolares, conteúdos programáticos ( 1º ciclo, ensino especial). O Metro do Porto já utiliza a ideia, o que ajudou a expansão para o Metro de S.Paulo (Brasil). Na saúde também foi testado em hospitais, estando a desenrolar-se o mesmo em hospitais brasileiros. Noutros sectores, como nos lápis Viarco também já está a ser utilizado, o que se revelou benéfico pois possibilitou a recuperação para a empresa de alguns mercados externos perdidos. O comité Olímpico Brasileiro quer utilizar o sistema, para isso serviu de exemplo a sua prévia utilização nos jogos da CPLP. Isto originou uma nova forma de linguagem de comunicação, no vestuário, na cerâmica, nas plataformas digitais, nas bibliotecas, ou nas universidades…

Produto. Trata-se dum código de comunicação por cores (intangível), que é colocado no produto dos clientes. Desta forma a licença do projeto é vendida de acordo com a dimensão de cada empresa. Associamos a isto um selo social. Concedemos ainda, um apoio de consultoria (outra receita) na execução dos estudos de implementação do projeto. Podemos ou não, ser subcontratados para a implementação (sinalética, painéis explicativos, etc.). Já referenciámos 1920 cores do Pantone para as etiquetas da Zippy, Blanco, que são impressas nas etiquetas com o respetivo código.

Carlos do Carmo, assumiu o seu daltonismo e aceitou ser o embaixador do projeto. O impacto deste foi tal, que apesar de terem sido pensados canais para a divulgação do projecto, foi o Le Monde que ao fazer uma reportagem, levou o projeto ao mundo – Austrália, Canada, Brasil etc.. Em termos de mercado, procuramos diferentes áreas em vez de ficar numa só – se estamos no Metro do Porto, podemos estar em todos os Metro de todo o mundo.

Não há exclusividade para nenhuma marca. Existem 3 requisitos obrigatórios para aceder ao selo ColorADD: a)ser verdadeiramente socialmente responsável, b) ter capacidade para comunicar o conceito, c) ter capacidade para o internacionalizar. Para que o valor deste intangível fosse superior tiveram de efetuar o seu registo em termos de propriedade industrial. Miguel gastou aqui todo o seu dinheiro. Todo.

Recursos. A paixão das pessoas envolvidas no projeto (7) foi o maior recurso. Inicialmente eram 3-4 com boas competências – qualidade, marketing e jurídica – as quais atraíram para o projeto valor acrescentado. A partir daí, escolheram mais pessoas com vontade e espirito para o projeto.

Parcerias. Atualmente são muitas e variadas: Instituto Nacional de Reabilitação, Centro Português de Design, Associação Portuguesa de Deficientes, Secretaria de Estado do Desporto, Ministério da Educação, Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa…. Quanto a financiamento, não contámos com apoio do QREN, nem procurámos nenhuma Capital de Risco, pois não querem ser reféns de interesses económicos. Estando numa fase de internacionalização, têm muitos cuidados com a escolha de potenciais interessados.

Socialmente o projeto alcança gradualmente a sua função … o Miguel recebe mails, desenhos e cartas de gente a quem mudou a vida; a bola da liga de clubes que era para ser laranja, foi alterada, caso contrário não seria vista por daltónicos. Alterou-se e passou a branca. Estes são alguns dos efeitos ColorADD. Um legado para a humanidade.



sexta-feira, 21 de junho de 2013

Centésima Página - Ideias e Oportunidades

A Casa Rolão, um belo exemplar de arquitectura civil do século XVIII, em estilo barroco. É atribuída a André Soares e terá sido construída, entre 1759 e 1765, para um industrial bracarense. Este imóvel, edificado na Av. Central de Braga está classificado de Interesse Público desde 1977.

A Centésima Página, vende livros e tem uma actividade cultural vasta e eclética - exposições, discos, cafetaria, e cinema.

Existem à 13 anos. São 3 sócios desde o inicio.Para desenvolverem o negócio estabeleceram parcerias com outras entidades, criando redes de trabalho. Foi um projecto longamente amadurecido. Tinham a vontade de criar algo com que se identificassem no sector da cultura em Braga. Quando estavam para desistir, encontraram o espaço que acolhesse o projecto centrado na livraria. Após 6 anos, mudaram de instalações para uma casa do Sec. XVIII onde estão actualmente. Aqui podiam ser exploradas outras actividades.

O produto central é o livro. Este é o pretexto para se fazerem outras acções - tertulias, apresentações, concertos etc. Fazem no com caracter regular – o caso dos, contos e continhos e outras histórias, que promovem com outra entidade de Braga. Promovem a literatura junto dum público mais jovem. É uma acção gratuita, duas vezes por mês. Escolhem uma história e ela é dramatizada/contada. È o ponto de encontro com a gente mais jovem ( promover a literatura infanto-juvenil). Contudo, isto não é sustentável focalizado só neste nicho.

Daí tornarem-se numa livraria generalista ( mais concentrada contudo nas ciências humanas/ literatura / ciências sociais e artes). O risco da especialização era elevado, mas tentaram manter uma especialização selectiva.

Diferenciação. O conceito de livraria em Braga ainda não é claro. Confunde-se com papelarias, bibliotecas ou outra coisa. São para alguns espaços mortos, mas isto depende da maneira como se trabalha o livro ( os autores, e referencias). O atendimento personalizado e profissional é um aspecto distintivo fundamental. O consumidor pode comprar em vários sítios, contudo a internet para eles é complementar ( pagina online, independente). A casa, os jardins, permitem serem um espaço de construção de relação. Onde as pessoas se encontram para falar, criar, debater. Quiseram e criaram, um espaço vivo. Um ponto de encontro.Ir a uma livraria deverá ser como ir a um café.A forma de comunicar mais produtiva pensam é o passa palavra e complementarmente o mundo digital (facebook, agenda impressa ou agenda online).

Recursos. Todos os colaboradores são obrigatoriamente polivalentes. Têm uma pessoa na cafetaria, conjuntamente com as 3 sócias e uma colaboradora.

Parceiros. As ligações privilegiadas são: Escolas, Bibliotecas, Universidades, Centros de Formação, Centros de Documentação consideram-os os parceiros naturais. Têm ainda parcerias com o Museu Nogueira da Silva, a Cooperativa Cultural, e pequenas empresas de design de autor, a Fundação Cupertino de Miranda, o Museu D. Diogo de Sousa. Estas ligações permitem ter exposições pontuais especializadas com bibliografia aconselhada por especialistas da área (factory)e ainda os encontros de imagem.

Receitas. Para responderem ás receitas actuais, tentam minimizar a estrutura de custos (negociando os contratos), reduziram na cafetaria, e tornaram-se mais polivalentes. São criteriosos na selecção dos livros.Minimizam devoluções, e negociam margens nas compras. È opinião duma das suas responsáveis que “ È preciso repensar o modelo de actividade livreira, coisa que os responsaveis têm dificuldade em aceitar. A novidade não pode ser a determinante fundamental”. Por outro lado Braga como centro estudantil, não se tem revelado um segmento relevante. Não há circulação, são meros enclaves. Mesmo guetos.

Quanto à estrutura da empresa ela obrigou à redestribuição de tarefas, entre as três sócios: comercial , comunicação e administrativa/financeira.

Projectos Novos. Têm imensos, contudo as dificuldades de financiamento têm limitado a sua concretização. Salientam o que foi o melhor, neste já longo percurso foi:
- A concretização da ideia original sem cedências.
- O conceito parece-lhes ainda actual, contudo assumem, que é dificil a sua sustentabilidade ( estar á frente no tempo pode ter um custo). O livro está em todo o lado, no supermercado, na bomba de gasolina... deveria só estar na livraria.

Uma das responsáveis explica que: é preciso uma dose de loucura e teimosia para conseguir continuar.



Bráz & Irmão - Ideias e Oportunidades



Empresa produtora de queijos de ovelha e mistura.

Brand75 - Ideias e Oportunidades

Hugo e Norberto decidiram abandonar o seu trabalho, e deram um novo rumo às suas vidas. Foi simplesmente assim. No início de 2012 entendem que deviam agarrar a ideia dum produto típico português esquecido – o azeite. Decidiram, promove-lo e vendê-lo. A ideia de olharem para o azeite e complementá-lo com um bom design, e acrescentando-lhe uma loja on-line para o comercializarem. Foi o conceito de base para este negócio.

A ideia foi assim agarrar num produto típico português, o azeite, e conceber igualmente uma oleoteca nacional. Identificam e recolhem os azeites de excelência de norte a sul do país, e com a ajuda de pessoas conhecedoras das características organoléticas do produto fazem a seleção. Como num bom jantar escolhemos um bom vinho, também o azeite mais adequado para o que queremos comer é fundamental. Os azeites são muito variados, podendo ser mais adequados para comer saladas, peixe, carne grelhada etc.

A maioria dos clientes, não tem ideia da originalidade e identidade do azeite, pensam “que é do supermercado”. Não existe ideia da sua origem. Tal como o vinho pode ser do Douro ou do Alentejo, também pode acontecer o mesmo com o azeite. Os azeites são todos diferentes. Esta preocupação e conceito já existe nalguns países como Espanha ou França. Afirmam: nós queremos fundamentalmente trabalhar com produtores desconhecidos. Assim conseguiremos ser um ponto agregador de produtos de reconhecida qualidade – edições limitadas e de excelência. Os produtos de excelência são validados por especialistas.

O mercado alvo deste negócio são os portugueses, que o consomem todos os dias. Este mercado apresenta um crescimento médio anual de 5%. Para além do mercado português já se pensa no mercado externo, onde já estiveram numa feira através de provas sensoriais.

A Brand75 possui know-how na área agro-alimentar, na área gráfica (rotulo e packaging) e na web. A identidade gráfica será fundamental para promover produtos desconhecidos (produtores de pequena dimensão e a viver em zonas rurais). A disponibilização da web - facebook, é relevante, bem como a existência duma loja física (oleoteca) onde possa existir organização de provas (o toque, e o cheiro).

A pesquisa de fornecedores é feita através da sua busca em vários pontos do país. Têm de se andar na estrada. Aí falam com os produtores. Agora já começam a ser já alguns produtores que os contactam. Por outro lado, as feiras regionais, ou de maior dimensão servem de pontos de pesquisa (são 2,5 anos de trabalho), o que já deu origem a uma base de dados. Podem agora oferecer enchidos de azeite, queijo em azeite, azeite para cosmética, doçaria etc. A crise acelerou e estimulou a aproximação dos produtores, pois viram neste projeto uma forma de venderem os seus produtos. A divulgação passa pela presença em feiras (FIA), e a utilização do LxMarket ao fim de semana.

Com 2 trabalhadores, a Brand75 concebeu um conjunto de parcerias: em termos de programação na web, na distribuição com uma empresa farmacêutica e para farmácia, e um técnico especializado na área da cosmética (infarmed).

Quanto aos resultados, depois de 6 meses de atividade estavam acima dos objetivos, sendo que ao quinto mês já tinham alcançado o objetivo para o ano. O Natal será a nossa época alta. E esperam ao fim de 3 anos atingir um volume de negócios de 70 mil euros. Estas receitas podem ser obtidas de várias formas: compra direta de produtos e colocação no site, ou com a receção duma comissão sobre os produtos vendidos. Será uma marca para o Azeite de qualidade português – Brand 75.



terça-feira, 18 de junho de 2013

Boca do Lobo - Ideias e Oportunidades



Impulsionar o design através de uma dinâmica empresarial, que permita desenvolver e promover processos de inovação, criando um rede de comunicação entre designers, marketeers e indústria.

BIOFUN - Ideias e Oportunidades

Esta empresa era 100% de capital estrangeiro. Em 2007 surgiu a oportunidade de aquisição, dado os sócios iniciais terem decidido desinvestir do país. Esta operação foi efectuada por dois colaboradores, que adquiriam a empresa através dum MBO. Conheciam muito bem o negócio e conheciam as oportunidades, nomeadamente na investigação de novos produtos e na vertente comercial.

Concorrência. Existia na altura uma fábrica nova, e conjuntamente existia também um constrangimento, uma escassez de matéria - prima. Em termos globais a matéria-prima (fruta) é considerada um commoditie o que transforma este sector numa arena competitiva bastante agressiva. O principal produtor europeu é a Polónia com cerca de 150 mil toneladas. Em Portugal todos juntos não produzem mais de 7 mil toneladas. O produto da empresa é considerado diferente, pela qualidade da fruta. Isto é extensível aos Espanhóis, Italianos e gregos, porque a fruta tem um grau de qualidade superior. Estes factores são condicionados e determinados pelo sol e pelos solos.

Clientes. A empresa exporta 98% para vários mercados: nomeadamente para UK (60%) e, o restantes têm como destino a Espanha (Dom Simon) e Portugal (a Compal,e as vinagreiras).

Produtos. Inicialmente a fabrica só produzia concentrados de maçã e pera. Agora iniciaram a investigação nos: concentrados de pêssego ( estamos numa das melhores áreas) de cereja, cenoura e morango. Isto dentro da fruta disponível em Portugal, que não é muita. Não há produção suficiente em Portugal. Existem picos de produção (Setembro-Dezembro), o que obriga a terem de esperar que a fruta sem calibre, e a que tem pior aspecto oriunda das camaras do frio. A fruta utilizada tem um custo substancialmente diferente da fruta fresca. Têm I&D próprio e possuem a certificação máxima Kosher. Nesta medida, estão a desenvolver produtos para consumidores finais para este mercado especifico (judaico).Quer para Israel , U.K. e USA. Também se encontram a desenvolver compotas com menor teor de açúcar. A unidade tem a trabalhar regularmente 23 pessoas, sendo que no pico da produção se atingem as 40 pessoas.

Em I&D têm 3 técnicos superiores. A qualidade do produto é o factor distintivo, contribuindo para isso o cumprimento das regras de segurança alimentar. A empresa defronta-se com o problema de escala. Como explica o seu responsável: não temos capacidade para grandes encomendas, daí termos de nos concentrar em pequenos núcleos que podem ser de maior valor acrescentado.

Canais. O contacto directo com o cliente (B2B), e a participação em feiras em parceria (clube de produtores)com os produtores da região, são a opção escolhida. Possuem um site onde se apresenta a empresa e os seus produtos.

Clientes. Nem todos os anos trabalham com todos os seus clientes, visto isso depender da produção. As relações são muito pessoais. Isto é um mercado intermédio de matérias primas, mas é sobretudo um mercado baseado na confiança( caso da união ortodoxa). Vão desenvolvendo produtos em conjunto com os pedidos dalguns clientes (caso morango). O mercado dos sumos está a mudar para os 100% naturais servidos na hora (barracas de gelados). Mas, também existe uma preocupação com os rótulos, com a apresentação e com a origem dos produtos.

Produção. A Biofun tem uma linha de concentrados de sumos e de compotas ( linha contínua), e possuem 75 hectares de pomar para a produção de maçã. É uma orientação estratégica no sentido da verticalização. Actualmente a recolha da matéria prima comprada a fornecedores, é feita no país inteiro (maçã,pera) através de camiões de 25 toneladas que descarregam nos silos da empresa; chegada aí a matéria-prima fundamental, é lavada e encaminhada para dentro da fabrica . Efectua-se o esmagamento, a maceração, e seguidamente a matéria resultante é espremida, originando o sumo cru, que após este processo é filtrado, estando pronto para expedição. O produto final pode ser enviado em bidões de 200 kg, ou em camiões de 25 toneladas (granel). A sua entrega ao cliente pode ser feita por via terrestre ou marítima.

Áreas de Excelência. A investigação e a qualidade do produto são dos aspectos mais importantes para o sucesso da empresa. A verticalização é a opção escolhida, para fazer face ao défice de produção existente em Portugal. Serve também para controlar os preços. Aumentamos desta forma a capacidade de resposta aos clientes e a competitividade.

Parceria. Camara Municipal do Fundão , Inovcluster, U.B.I., e Instituto Politécnico de Castelo Branco.



segunda-feira, 17 de junho de 2013

Beira Salgados - Ideias e Oportunidades

Ideia. Iniciou-se em 2002 o desenvolvimento da ideia de produzir empadas e outros produtos alimentares. Foram 2 sócios que iniciaram e investiram na industrialização do negócio. Tinham a convicção de que existiam clientes potenciais, que não estavam explorados. Os próprios sócios foram aprimorando o know-how para fazer empadas com os familiares, e simultaneamente foram procurando novos clientes. A concorrência já existia embora tivesse uma amplitude diferente (maior variedade de oferta e maior dimensão). A Beira Salgados escolheu ser uma empresa mono produto (empadas). Os produtos são artesanais, enquanto os dos seus concorrentes são produtos industriais (ultracongelados).

Clientes. A empresa tem cerca de 100 clientes que se encontram espalhados pelo país: variam desde pastelarias, cafés, e 30 armazenistas que vendem ao canal horeca. Na zona interior a empresa efetua a venda direta a partir das suas próprias instalações.

Produto. O modo como as empadas são produzidas é o que faz toda a diferença. Inicialmente a empresa produziu rissóis, pastéis de bacalhau, croquetes, almofadinhas de carne. O abandono destes produtos ficou a dever-se á grande concorrência existente. A concentração nas empadas, fez com que produzam atualmente 200 mil unidades por mês, a um preço unitário de 40 cêntimos. O processo de produção, consiste em desfiar o frango, temperar, encher e fechar manualmente cada empada. O processo é quase 100% manual. Só algumas poucas tarefas são efetuadas mecanicamente. As matérias-primas são adquiridas a fornecedores externos.

Diferenciadores. A empada é diferente em sabor e textura. São bem recheadas, o que lhes confere um grau elevado de aderência aos consumidores. O consumidor também gosta do que é bom, e não só do que é barato. A marca Beira Salgados é utilizada na maioria dos produtos, enquanto nalguns casos os clientes preferem a sua própria marca. A certificação HCCP garante uma maior segurança aos produtos, estando a iniciar-se uma certificação ISO. Para além do produto atual, está já em desenvolvimento variantes de novos produtos com recheios distintos.

Uma parceria com a Lusiaves garante produto de qualidade, e um preço anual para a matéria-prima principal. Existem outras parcerias com alguns armazenistas pra a compra de produtos, com um cliente na zona de Lisboa e ainda com a InovCluster. Dos 15 funcionários atuais, 13 encontram-se na produção enquanto um se dedica à atividade comercial e outro à direção da produção. O novo investimento previsto de 500 mil euros, vai permitir triplicar a produção, enquanto os recursos humanos podem ter necessidade de duplicar.

É assim que se espera garantir o futuro.



Adega Alto Tejo - Ideias e Oportunidades

A ideia nasceu há cerca de um ano por iniciativa de um empresário de Cebolais de Cima, António Belo Martins, e do também empresário Peter Schauffler. O primeiro foi um dos sócios da sociedade têxtil Pereirinho, em Cebolais de Cima. O segundo é o líder da multinacional Bitzer, também presente em Castelo Branco, bem como de dezenas de outras empresas em vários países. “O senhor Peter Schauffler tem cinco hectares de vinha na Quinta de Santo Isidro, na Barroca da Malhada, em Tinalhas. Eu tenho cinco hectares de vinha na Tapada da Breja, em Cebolais. O investimento resultou de uma conversa que tive com um representante do senhor Peter Schauffler, na sequência da qual decidimos unir-nos e criar uma adega com todas as condições para produzir vinho de grande qualidade”, afirma António Martins.

Ideia. Em 2008,depois de se ter reformado aos 65 anos, o Sr. António decidiu arrancar com este projeto com mais 2 sócios. O problema de saúde não o inibiu, bem pelo contrário, tem-lhe dado mais saúde.

Clientes. Todos os clientes são quase exclusivamente da região de Castelo Branco. A unidade produziu 60 mil litros de vinho no ano passado. Preveem que na próxima colheita se irá atingir um valor de 70 mil litros. Em função dos resultados obtidos, coloca-se a hipótese de se poder comprar no futuro, uvas a outros agricultores para assim fazer face á procura. A capacidade da unidade é de 80 mil litros, contudo será fácil fazer a sua expansão.

Produto. Como fonte de produção, a empresa dispõe de duas quintas - a Quinta de Santo Isidro, situada a norte na freguesia de Tinalhas - é caracterizada por um solo de arenitos; enquanto que na Quinta da Felicidade, situada a sul na freguesia de Benquerenças, já predominam os xistos argilosos. O mesmo microclima mas solos diferenciados determinam uma multiplicidade de aromas e sabores únicos só possíveis nesta região que agora desperta para a produção de vinhos que, com a idade das cepas, se irão revelar como uma referência no panorama vinícola nacional.

A qualidade do vinho é avaliada e acompanhada por 2 enólogos. As castas são separadas nos lagares, e são estes que fazem os lotes, de modo a se conseguiram as melhores combinações. È fruto desta combinação, que os clientes apreciam a qualidade e o preço das suas ofertas. É assim que se explica, que embora, a oferta seja muito competitiva na região, a oferta tivesse que ser diferente e com bom preço. Para que isto fosse possível apresentaram também, a solução bag-in-box mais económica para os restaurantes (ausência de: garrafa, rotulo, contra rotulo, engarrafamento e empacotamento).

Canais. A entrega do vinho como se efetua na região, é feita pessoalmente, ou então, é mesmo recolhida pelo cliente. Não há equipa de vendas. Assim os custos de distribuição são nulos. Os ganhos são dados aos clientes. Os clientes apoiam o fornecedor, e o fornecedor apoia a região. Existem alguns contactos com outros mercados em situações pontuais.

O 1º e 2 º ano foram feitos de muita persistência, para mostrar o produto indo a concursos e algumas feiras. Em 2012 esperam um volume de negócio de cerca de 100 mil euros … o dobro do ano anterior. Tudo isto com 4 pessoas, sendo que, só duas das quais estão a tempo inteiro. Uma aposta ganha.

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quinta-feira, 13 de junho de 2013

A. Pires Lourenço - Ideias e Oportunidades



A empresa tem 55 anos de existência e conta com 35 trabalhadores, tendo atingido no último ano 6 milhões de euros em vendas.

Ideia. Tudo começou com os avós que eram proprietários duma salsicharia de matança de porco e enchidos. Os pais do atual detentor deram continuidade ao negócio. O atual responsável tem assegurado desde á 21 anos a manutenção da atividade. Desde logo começou a pensar em especializar-se num produto – presunto. Iniciou a compra de pernas de porco em matadouros, de seguida transformam e embalam o presunto, para depois concretizarem a sua comercialização. É assim que passamos do presunto convencional (peça), para as embalagens e variados formatos atuais.

Clientes. Os grandes clientes representam a distribuição moderna (Continente, Pingo Doce e Makro) e algum mercado tradicional – distribuidores- com equipas de vendas próprias.

Produto. O presunto pode ser oriundo de porcos brancos (existem várias qualidades) que podem ser utilizadas em função de se pretender obter um, primeiro preço, ou então obter um produto premium – uma reserva. Atualmente a empresa tem capacidade de salgar 4 a 5 mil peças por semana (antigamente este valor seria anual). Os formatos de embalagem mudaram consideravelmente, hoje têm mais de 70 referências. Tudo mudou. O produto é adquirido aos matadouros, visto a empresa não ter produção própria. Podem comprar quer em Portugal, ou em Espanha. Os matadouros têm de ter para tal, alguma dimensão. O preço dum presunto com osso pode rondar os 4,5€/kg, sendo que, quando se trata de primeiros preços este valor pode ser ainda inferior. Um presunto pode necessitar de 8-9 meses de cura, para ser comercializado.

Canais. A distribuição moderna é o canal dominante. Exigem um trabalho constante, e uma postura de parceria. Estudam e desenvolvem com o cliente todas as ações propostas. Nalgumas participam, noutras não. A ideia é que o negócio tem sempre de ser bom para ambas as partes.

Recursos. O investimento tem sido considerável nos últimos anos. Para fazer e transformar com maior exigência, e para responder aos requisitos dos clientes, foi necessário construir as atuais instalações. A empresa dispõe doravante, 2 unidades de produção. Para conseguir responder ao ambiente competitivo do sector é necessário uma estrutura com responsáveis pelas funções financeira, marketing, logística e qualidade. Dispõem ainda dum sistema de informação construído á medida. Têm igualmente estabelecidas parcerias com a Inovcluster, e a Escola Agrária da região.



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