STORYTELLING - HISTÓRIAS DE INOVAÇÃO

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Adega Alto Tejo - Ideias e Oportunidades

A ideia nasceu há cerca de um ano por iniciativa de um empresário de Cebolais de Cima, António Belo Martins, e do também empresário Peter Schauffler. O primeiro foi um dos sócios da sociedade têxtil Pereirinho, em Cebolais de Cima. O segundo é o líder da multinacional Bitzer, também presente em Castelo Branco, bem como de dezenas de outras empresas em vários países. “O senhor Peter Schauffler tem cinco hectares de vinha na Quinta de Santo Isidro, na Barroca da Malhada, em Tinalhas. Eu tenho cinco hectares de vinha na Tapada da Breja, em Cebolais. O investimento resultou de uma conversa que tive com um representante do senhor Peter Schauffler, na sequência da qual decidimos unir-nos e criar uma adega com todas as condições para produzir vinho de grande qualidade”, afirma António Martins.

Ideia. Em 2008,depois de se ter reformado aos 65 anos, o Sr. António decidiu arrancar com este projeto com mais 2 sócios. O problema de saúde não o inibiu, bem pelo contrário, tem-lhe dado mais saúde.

Clientes. Todos os clientes são quase exclusivamente da região de Castelo Branco. A unidade produziu 60 mil litros de vinho no ano passado. Preveem que na próxima colheita se irá atingir um valor de 70 mil litros. Em função dos resultados obtidos, coloca-se a hipótese de se poder comprar no futuro, uvas a outros agricultores para assim fazer face á procura. A capacidade da unidade é de 80 mil litros, contudo será fácil fazer a sua expansão.

Produto. Como fonte de produção, a empresa dispõe de duas quintas - a Quinta de Santo Isidro, situada a norte na freguesia de Tinalhas - é caracterizada por um solo de arenitos; enquanto que na Quinta da Felicidade, situada a sul na freguesia de Benquerenças, já predominam os xistos argilosos. O mesmo microclima mas solos diferenciados determinam uma multiplicidade de aromas e sabores únicos só possíveis nesta região que agora desperta para a produção de vinhos que, com a idade das cepas, se irão revelar como uma referência no panorama vinícola nacional.

A qualidade do vinho é avaliada e acompanhada por 2 enólogos. As castas são separadas nos lagares, e são estes que fazem os lotes, de modo a se conseguiram as melhores combinações. È fruto desta combinação, que os clientes apreciam a qualidade e o preço das suas ofertas. É assim que se explica, que embora, a oferta seja muito competitiva na região, a oferta tivesse que ser diferente e com bom preço. Para que isto fosse possível apresentaram também, a solução bag-in-box mais económica para os restaurantes (ausência de: garrafa, rotulo, contra rotulo, engarrafamento e empacotamento).

Canais. A entrega do vinho como se efetua na região, é feita pessoalmente, ou então, é mesmo recolhida pelo cliente. Não há equipa de vendas. Assim os custos de distribuição são nulos. Os ganhos são dados aos clientes. Os clientes apoiam o fornecedor, e o fornecedor apoia a região. Existem alguns contactos com outros mercados em situações pontuais.

O 1º e 2 º ano foram feitos de muita persistência, para mostrar o produto indo a concursos e algumas feiras. Em 2012 esperam um volume de negócio de cerca de 100 mil euros … o dobro do ano anterior. Tudo isto com 4 pessoas, sendo que, só duas das quais estão a tempo inteiro. Uma aposta ganha.

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