Existem 350 milhões daltónicos no mundo. A colorADD criou uma ferramenta para integrar essas pessoas na sociedade. Procurou daltónicos em vários países para não ficar condicionado por fatores culturais. 90% dos daltónicos têm dificuldade em se integrarem socialmente – existem constrangimentos, vergonhas e traumas.
Daí, a ferramenta ter de ser inclusiva. O seu desenvolvimento obrigava a que fosse fácil, positiva, simples de aprender e que fosse transversal. Teriam de ser símbolos com as cores primárias. Foram 8 anos de investigação validada por daltónicos. Protegeu-se o projeto a todos os níveis. Durante 2 anos procurou-se a validação junto da comunidade científica. Submeteram-se vários artigos a congressos internacionais. Ganharam vários prémios de inovação e design inclusivo. Os media ajudaram na divulgação – todos os dias saíam noticias sobre o projeto em termos mundiais.
Reuniu-se assim, também gente capaz e competente para a gestão do projecto. Criou-se uma sociedade que promove o projeto, olhando sempre para ele não numa óptica de custo, mas como algo inovador e diferenciador. O licenciamento ocorre em todas as áreas, menos na educação. Neste seguimento foi criado em Setembro (2012) uma ONG para esta área – ColorADD Social. Esta levará a ideia ás escolas – manuais escolares, conteúdos programáticos (1º ciclo, ensino especial). O Metro do Porto já utiliza a ideia, o que ajudou a expansão para o Metro de S. Paulo (Brasil). Na saúde também foi testado em hospitais, estando a desenrolar-se o mesmo em hospitais brasileiros. Noutros sectores, como nos lápis Viarco também já está a ser utilizado, o que se revelou benéfico pois possibilitou a recuperação de alguns mercados externos perdidos. O comité Olímpico Brasileiro quer utilizar o sistema, para isso serviu de exemplo a sua prévia utilização nos jogos da CPLP. Isto originou uma nova forma de linguagem de comunicação, no vestuário, na cerâmica, nas plataformas digitais, nas bibliotecas, ou nas universidades…
Produto. Trata-se dum código de comunicação por cores (intangível), que é colocado no produto dos clientes. Desta forma a licença do projeto é vendida de acordo com a dimensão de cada empresa. Associamos a isto um selo social. Concedemos ainda, um apoio de consultoria (outra receita) na execução dos estudos de implementação do projeto. Podemos ou não, ser subcontratados para a implementação (sinalética, painéis explicativos, etc.). Já referenciámos 1920 cores do Pantone para as etiquetas da Zippy, Blanco, que são impressas nas etiquetas com o respetivo código..
Carlos do Carmo, assumiu o seu daltonismo e aceitou ser o embaixador do projeto. O impacto deste foi tal, apesar de terem sido pensados canais para a divulgação do projecto, foi o Le Monde que ao fazer uma reportagem, levou o projeto ao mundo – Austrália, Canada, Brasil etc..
Em termos de mercado, procuramos diferentes áreas em vez de ficar numa só – se estamos no Metro do Porto, podemos estar em todos os Metro de todo o mundo.
Não há exclusividade para nenhuma marca. Existem 3 requisitos obrigatórios para aceder ao selo ColorADD: a) ser verdadeiramente socialmente responsável, b) ter capacidade para comunicar o conceito, c) ter capacidade para o internacionalizar. Para que o valor deste intangível fosse superior tiveram de efetuar o seu registo em termos de propriedade industrial. Miguel gastou aqui todo o seu dinheiro. Todo.
Recursos. A paixão das pessoas envolvidas no projeto foi o maior recurso. Inicialmente eram 3-4 com boas competências – qualidade, marketing e jurídica – as quais atraíram para o projeto valor acrescentado. A partir daí, escolheram mais pessoas com vontade e espirito para o projeto.
Parcerias. Atualmente são muitas e variadas, Instituto Nacional de Reabilitação, Centro Português de Design, Associação Portuguesa de Deficientes, Secretaria de Estado do Desporto, Ministério da Educação, Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa… quanto a financiamento, não contámos com apoio do QREN, nem procurámos nenhuma Capital de Risco, pois não querem ser reféns de interesses económicos. Estando numa fase de internacionalização, têm muitos cuidados com a escolha de potenciais interessados.
Socialmente o projeto alcança gradualmente a sua função … Miguel recebe mails, desenhos e cartas de gente a quem este código mudou a vida; a bola da liga de clubes que era para ser laranja, foi alterada, caso contrário não seria vista por daltónicos. Alterou-se e passou a branca.
Estes são alguns dos efeitos ColorADD!
A Indústria da Saúde
O espaço do Cowork Lisboa, dispõe, para além de uma zona lounge, de uma pequena sala de reuniões, que também pode ser utilizada para momentos em que um destes profissionais sinta necessidade de algum isolamento ou privacidade (por exemplo, para pedir a namorada em casamento ou chorar baba e ranho pela situação actual do Sporting!). 

Hugo e Norberto decidiram abandonar o seu trabalho, e deram um novo rumo às suas vidas. Foi simplesmente assim… No início de 2012 entendem que deviam agarrar a ideia dum produto típico português esquecido: o azeite. Decidiram, promove-lo e vendê-lo complementando-o com um bom design e uma loja on-line. Posteriormente pensaram na organização de uma oleoteca nacional.
Esta equipa, em 2008 – João Martins (Direito) e Luis Machado Vaz (Publicidade), já possuía conhecimentos de internet, trabalhando a fazer sites para terceiros. “Percebemos que dentro do que fazíamos nestes anteriores trabalhos, seria possível fazer algo que nos pagasse a nós próprios. Despedimos o patrão. Percebemos igualmente, que a internet estava a seguir outros caminhos – novo software, novos modelos de negócio. Quisemos acompanhar essa onda.”
Quando chegámos à hora do almoço ao espaço Kiss the Cook, na LxFactory, em Lisboa, naquela quinta-feira já havia em cima da mesa uma despensa inteira. Várias qualidades de arroz, massas, cebolas, courgettes, tomate, pão, ervas aromáticas, sal, pimenta e outros condimentos. Ovos, laranjas, queijo curado, parmesão, enchidos, presunto, bacon. Peixe (cavalas, salmonetes, ovas de esturjão) e carne (bochechas de porco, rins de vitela, carne de vaca).