A Centésima Página, vende livros e tem uma actividade cultural vasta e eclética - exposições, discos, cafetaria, e cinema.
Existem à 13 anos. São 3 sócios desde o inicio.Para desenvolverem o negócio estabeleceram parcerias com outras entidades, criando redes de trabalho. Foi um projecto longamente amadurecido. Tinham a vontade de criar algo com que se identificassem no sector da cultura em Braga. Quando estavam para desistir, encontraram o espaço que acolhesse o projecto centrado na livraria. Após 6 anos, mudaram de instalações para uma casa do Sec. XVIII onde estão actualmente. Aqui podiam ser exploradas outras actividades.
O produto central é o livro. Este é o pretexto para se fazerem outras acções - tertulias, apresentações, concertos etc. Fazem no com caracter regular – o caso dos, contos e continhos e outras histórias, que promovem com outra entidade de Braga. Promovem a literatura junto dum público mais jovem. É uma acção gratuita, duas vezes por mês. Escolhem uma história e ela é dramatizada/contada. È o ponto de encontro com a gente mais jovem ( promover a literatura infanto-juvenil). Contudo, isto não é sustentável focalizado só neste nicho.
Daí tornarem-se numa livraria generalista ( mais concentrada contudo nas ciências humanas/ literatura / ciências sociais e artes). O risco da especialização era elevado, mas tentaram manter uma especialização selectiva.
Diferenciação. O conceito de livraria em Braga ainda não é claro. Confunde-se com papelarias, bibliotecas ou outra coisa. São para alguns espaços mortos, mas isto depende da maneira como se trabalha o livro ( os autores, e referencias). O atendimento personalizado e profissional é um aspecto distintivo fundamental. O consumidor pode comprar em vários sítios, contudo a internet para eles é complementar ( pagina online, independente). A casa, os jardins, permitem serem um espaço de construção de relação. Onde as pessoas se encontram para falar, criar, debater. Quiseram e criaram, um espaço vivo. Um ponto de encontro.Ir a uma livraria deverá ser como ir a um café.A forma de comunicar mais produtiva pensam é o passa palavra e complementarmente o mundo digital (facebook, agenda impressa ou agenda online).
Recursos. Todos os colaboradores são obrigatoriamente polivalentes. Têm uma pessoa na cafetaria, conjuntamente com as 3 sócias e uma colaboradora.
Parceiros. As ligações privilegiadas são: Escolas, Bibliotecas, Universidades, Centros de Formação, Centros de Documentação consideram-os os parceiros naturais. Têm ainda parcerias com o Museu Nogueira da Silva, a Cooperativa Cultural, e pequenas empresas de design de autor, a Fundação Cupertino de Miranda, o Museu D. Diogo de Sousa. Estas ligações permitem ter exposições pontuais especializadas com bibliografia aconselhada por especialistas da área (factory)e ainda os encontros de imagem.
Receitas. Para responderem ás receitas actuais, tentam minimizar a estrutura de custos (negociando os contratos), reduziram na cafetaria, e tornaram-se mais polivalentes. São criteriosos na selecção dos livros.Minimizam devoluções, e negociam margens nas compras. È opinião duma das suas responsáveis que “ È preciso repensar o modelo de actividade livreira, coisa que os responsaveis têm dificuldade em aceitar. A novidade não pode ser a determinante fundamental”. Por outro lado Braga como centro estudantil, não se tem revelado um segmento relevante. Não há circulação, são meros enclaves. Mesmo guetos.
Quanto à estrutura da empresa ela obrigou à redestribuição de tarefas, entre as três sócios: comercial , comunicação e administrativa/financeira.
Projectos Novos. Têm imensos, contudo as dificuldades de financiamento têm limitado a sua concretização. Salientam o que foi o melhor, neste já longo percurso foi:
- A concretização da ideia original sem cedências.
- O conceito parece-lhes ainda actual, contudo assumem, que é dificil a sua sustentabilidade ( estar á frente no tempo pode ter um custo). O livro está em todo o lado, no supermercado, na bomba de gasolina... deveria só estar na livraria.
Uma das responsáveis explica que: é preciso uma dose de loucura e teimosia para conseguir continuar.
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